O que é depreciação?
Primeiramente, depreciação é um método contábil, utilizado para calcular o custo financeiro de um ativo, que seja tangível ou físico ao longo de sua vida útil. Assim, isso permite que as companhias possam gerar receita com as ativos, pagando por eles durante um certo período de tempo.
No entanto, caso a empresa não contabilize da maneira correta esses valores, podemos apresentar um cenário onde os lucros da empresa não são reais – assim, podendo apresentar um cenário inferior ao que realmente foi realizado.
Além disso, é importante frisar, que o acompanhamento dessas despesas não se dá de forma operacional, visto que, esse método é inserido nas linhas inferiores ao lucro operacional, caracterizando uma despesa não atrelada a operação da companhia.
Como funciona?
Antes de entendermos sua importância como um indicador financeiro, precisamos entender como é o seu funcionamento.
Sendo assim, para a ilustração do tema, podemos imaginar um cenário onde uma empresa adquirir uma máquina ou equipamento que seja caro, mas ao mesmo tempo, seja muito importante para o desempenho da empresa.
Portanto, para que o custo da compra deste equipamento não seja “computado” no primeiro ano de uso, as empresas costumam utilizar desse método para distribuir os custos e combinar as despesas de depreciação com as receitas relacionadas no mesmo período.
Assim, ao invés, isso permite a empresa que anule o valor do ativo em um determinado período de tempo, principalmente sua vida útil.
Quais são seus tipos?
Antes de entendermos a temática de “Como calcular calcular a depreciação?”, é fundamental que abordamos os tipos. Existem 4 métodos diferentes para se calcular a depreciação, podendo ser eles: linear, acelerada, acumulada e gerencial.
No entanto, a depreciação linear é a mais comum entre os vários tipos. Ela considera o valor do bem sendo reduzido de forma linear, ou seja, ao longo do tempo. Além disso, essa será a forma que iremos mostrar o cálculo sendo realizado em alguns tópicos pra frente, pois é o tipo de depreciação mais próximo ao real.
A depreciação acelerada, como o nome já diz, utiliza de um método para empresas em que o uso do maquinário é feito de forma intensa – ou seja, que tenham um uso de 16 a 24 horas de uso diária sendo realizado pela máquina. Dessa forma, a taxa de depreciação pode ser acelerada com o passar dos anos.
A depreciação acumulada também possui uma taxa específica – da mesma forma que as anteriores, no entanto, ela é muito mais simples que parece. A grande verdade é que a o tipo de depreciação acumulada, refere-se a soma de todas as depreciações de todos os bens e ativos da empresa.
Por fim, mas não menos importante, apresentamos a depreciação gerencial. Esse tipo, refere-se muito mais a um uso interno da empresa e comumente não utilizado de forma externa, pois o cenário apresentado está relacionado ao fim da vida útil de um ativo. Ou seja, para o mercado externo, esse bem não tem mais valor para ser negociado, pois sua vida útil é finita. No entanto, as empresas ainda utilizam de forma interna, pois acreditam na possibilidade de venda do mesmo.
Quais são as taxas de depreciação?
As taxas de depreciação são fundamentais para a utilização desse método. Mas, antes de enxergarmos quais são as taxas, precisamos entender um pouco melhor o seu funcionamento. Sua principal função para as companhias está inserida na redução de lucro contábil porque a partir da redução do lucro contábil da empresa, as deduções referentes ao imposto de renda e a contribuição social sobre lucro líquido.
Além disso, as taxas de depreciação também cumprem a responsabilidade de contabilizar o desgaste do ativo, para que seja contabilizado ao longo do tempo – independente de qualquer interferência externa.
As principais taxas de depreciação são: edificações (4%); instalações (10%); móveis e utensílios (10%); máquinas e equipamentos (10%); ferramentas (15%); veículos (20%); caminhões (20 a 25%); equipamentos de informática (20%); equipamentos de comunicação (20%).
Como calcular depreciação?
Depois de entendermos os conceitos e entender o funcionamento das taxas de depreciação, vamos à ação prática de calcular.
Para ilustrar melhor como fazemos o cálculo de depreciação, usaremos um pequeno exemplo de uma empresa do setor industrial que produz refrigerantes. Essa companhia, em uma dada data precisou comprar uma nova máquina para melhorar a efetividade de sua produção. Assim, optou por fazer um investimento significativo de R$1.000.000,00 em um ativo que iria aumentar a performance.
Além disso, a taxa anual de depreciação desse equipamento é de 10%. Assim, para identificarmos o valor anual e mensal, utilizamos da fórmula: valor do ativo multiplicado da taxa de depreciação. Portanto, no caso apresentado, teríamos um valor de depreciação anual de R$100.000,00 e – para o mensal – ainda dividimos pelo número de meses do ano(12), assim, resultando em uma depreciação mensal de R$ 8.333,33.
No entanto, é importante termos em mente que o cálculo de depreciação ainda considera requisitos que podem ser subjetivos. Esses, podem ser considerados como exemplo: vida útil do equipamento, o seu período de uso e também o seu volume de produção (no caso dos maquinários).
Como lançar a depreciação no DRE?
Por fim, é importante que tenhamos conhecimento de como acompanhar esse indicador a partir do Demonstrativo de resultado do exercício – ou melhor -, DRE.
Na 4CINCO, ao utilizarmos em nossos clientes o DRE gerencial, onde interpretamos esse relatório contábil de forma mais personalizada às operações. Além disso, optamos sempre por colocar todas as deduções, custos, despesas atreladas a operação na parte superior do demonstrativo. Dessa forma, ao olharmos para o indicador de depreciação, temos uma pequena diferença para essa análise.
A depreciação, como abordada ao longo de todo esse texto, explica o funcionamento desse método. Assim, ao interpretá-la de forma não operacional, acabamos inserindo os custos da depreciação na parte inferior do DRE, ou seja, não participando dos custos ou despesas operacionais – e, sim – às despesas financeiras, pois são aquelas que não pertencem à operação de fato.
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