O contexto empresarial é submetido diariamente a muitos desafios, das mais variadas natureza. Para que uma empresa alcance o sucesso, é essencial desenvolver uma estratégia sólida, que se desdobre em um planejamento detalhado e um racional financeiro robusto.
Além disso, é fundamental contar com uma equipe engajada e motivada, uma força comercial e também operar com eficiência e gerando lucro. Tudo isso ainda precisa estar bem amarrado em um modelo de gestão que faça com que existam ritos, controles e debates sobre o andamento da empresa.
Mas, nesse contexto, pouco se fala sobre sucessão. Se não estivermos falando de uma empresa, ainda é possível que a empresa passe anos sem entender ou ter contato com o tema de sucessão. Qual é a importância, então, desse tema?
A sucessão empresarial existe para garantir a migração de uma gestão para outra – seja por um motivo de venda do negócio ou por perpetuação de gerações. Não estamos falando, então, de um tema corriqueiro, mas de extrema importância para as empresas que enxergam e vivenciam sua trajetória no longo prazo.
O que é sucessão empresarial?
O conceito de sucessão pode ter diferentes aplicações e contextos no meio empresarial. Como significado do termo de sucessão, temos o ato de transferir algo. Sendo assim, podemos ter a sucessão de uma função executiva (quando alguém deixa um cargo para assumir outro); podemos ter a sucessão da tomada de decisões e podemos ter a sucessão das ações da empresa, por exemplo.
Ou seja, qualquer empresa que visa perpetuidade além de uma geração, vai precisar dedicar muita energia e esforço no tema de sucessão. O grande problema desse tópico é que muitas empresas acabam encontrando nesse tema um tabu – principalmente por estar vinculado à finitude da capacidade e da vida das pessoas que hoje estão à frente dos negócios. Isso faz com que o tema muitas vezes ocorra sem planejamento.
Existe, portanto, uma grande importância em a empresa conseguir tratar o tema de sucessão empresarial com protagonismo. Muito provavelmente uma sucessão de sucesso, entre uma geração e outra, seja uma das maiores vitórias de uma empresa no longo prazo.
Motivos para sucessão empresarial
Para aprofundar o conceito de sucessão empresarial, precisamos entender quais os motivos que levam uma empresa a fazer uma sucessão.
Esse motivo pode ser o tempo: a empresa perpetua há mais tempo do que as pessoas envolvidas conseguem tocar o negócio; ou a empresa passa por algum tipo de operação de fusão ou aquisição (M&A) e precisa transferir o controle e/ou a execução do negócio.
Características da sucessão empresarial
Para entender as características e funcionamentos da sucessão empresarial como um todo, precisamos separar em pelo menos três tipos de aplicações práticas do conceito:
- Sucessão Executiva – a sucessão executiva se dá, quando algum gestor da empresa precisa ser substituído por outro por qualquer motivo. Ele pode ser substituído por aposentadoria ou falecimento, por falta de performance ou até mesmo porque foi promovido.
Toda empresa preocupada com a sustentabilidade do seu negócio deveria estar preocupada em, no mínimo, mapear os sucessores de todas as “cadeiras” de importância da companhia. Ou seja, nesse tópico, qualquer empresa com muito ou pouco tempo de atuação, teria benefício em ter um planejamento de sucessão.
Neste caso, quanto mais empresa estiver estruturada na sua área de recursos humanos, melhor será o processo.
- Sucessão Tomada de Decisões – além da sucessão executiva, a empresa também pode estruturar a sucessão da tomada de decisões. Seja por ela estar concentrada na figura de um sócio majoritário, tomador de decisões – ou por que a empresa foi vendida e precisa de novos comandantes nesse lugar.
Essa sucessão pode, ou não, estar em sincronia com a sucessão de executivos. Neste sentido, quanto mais a empresa estiver estruturada na sua governança, melhor será o processo.
- Sucessão da Propriedade – por fim, além da sucessão executiva e de tomada de decisões, existe também a sucessão de propriedade. Neste sentido, é importante que a empresa tenha diretrizes de governança – formalizadas em acordo de sócios, contrato social ou protocolo familiar – que pautem como deve ser feita essa sucessão.
Estratégia de sucessão
A estratégia de sucessão da empresa deve estar intimamente ligada com a estratégia do negócio como um todo. Por exemplo, qual é a visão da empresa? A estrutura societária atual tem as condições necessárias para levar a empresa a este lugar?
Para a definição do sucessor, existe o contexto de herança das cotas dentro do contexto familiar – mas pode acontecer da empresa não ter um sucessor pertinente para o negócio, seja por falta de interesse ou capacidades dos descendentes.
Sendo assim, é importante que a empresa também considere a sucessão da empresa por meio de algum processo de fusão ou aquisição (M&A) no sentido de buscar algum sócio, investidor ou grupo que possa assumir a execução, gestão e propriedade da empresa – de forma parcial ou total.
Planejamento de sucessão
Para construir o planejamento da sucessão da empresa, devem ser observados os seguintes pontos:
- Estratégia da empresa – o primeiro passo é entender qual a estratégia da empresa. Onde essa empresa quer chegar? Qual a visão e os objetivos estratégicos do negócio? Existe um planejamento estratégico formalizado?
- Governança corporativa – depois, é importante observar qual o contexto e maturidade da empresa nas temáticas de governança corporativa. A empresa possui um acordo de sócios? Existe um conselho de administração? Qual o nível de maturidade da relação entre propriedade e gestão do negócio? Veja mais no link: Governança Corporativa.
- Estratégia de sucessão – com a estratégia e o contexto de governança esclarecido, a empresa precisa definir sua estratégia de sucessão – após um completo mapeamento de todas as possibilidades e alternativas. Existem sucessores dentro do negócio e das famílias envolvidas? Existe alguma parceria, empresa ou grupo que pode ser envolvido no processo de sucessão?
- Plano de ação – com a estratégia de sucessão clara, deve ser definido um plano de ação, com todas as atividades necessárias, de curto, médio e longo prazo para uma sucessão do início ao fim, em todos os aspectos.
Benefícios de um planejamento sucessório bem estruturado
De forma objetiva, o sucesso de um planejamento de sucessão bem-executado se traduz na transição concluída sem interrupções, preservando a sustentabilidade do negócio e garantindo continuidade em todas as esferas da empresa.
Principalmente quando se trata de uma sucessão da estrutura societária da empresa – estamos falando da base do negócio, e qualquer ruído neste sentido gera resultados diretos na performance da companhia.
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