Tomada de decisão: entenda importância e como realizar escolhas assertivas

tomada de decisão

Nesse texto vamos apresentar:

Diariamente, gestores e líderes precisam de uma tomada de decisão que impactam na eficiência de seus negócios. Essas decisões fazem parte da rotina empresarial e são de suma importância para solucionar problemas e desenvolver novos métodos de gestão.

Portanto, neste artigo, abordaremos as principais características dessa tomada de decisão, suas etapas e dicas para aplicá-la da melhor maneira possível. 

O que é tomada de decisão?

 A tomada de decisão é a escolha de uma ação feita pelo indivíduo frente a outras alternativas, visando a resolução de um impasse ou problema. Além disso, é uma oportunidade para entender possibilidades de ações, compreender cenários alternativos, prever e medir resultados.

Assim, o processo de tomar uma decisão dentro da empresa pode definir o rumo estratégico a ser seguido, possíveis consequências e otimizar processos. Dessa forma, entender as melhores práticas que envolvem tomar uma decisão pode tornar mais eficaz as escolhas feitas diariamente por líderes e gestores.

Assim, ter conhecimento para tomar uma decisão seguindo passos lógicos pode garantir melhores resultados dentro do esperado para sua empresa.  

A tomada de decisão é essencial para garantir uma gestão estratégica na empresa, já que é a partir dela que conseguimos atingir metas, otimizar processos e alcançar melhores resultados.

Por fim, uma tomada de decisão bem embasada pode garantir maior assertividade e enfatizar a necessidade de mudanças internas (como padrões processuais e metodologia de gestão) antes não apontadas. 

Tipos de tomada de decisão

É importante entender como tomar a decisão e que tipo vamos usar nesse processo. A tomada de decisão pode ser de três tipos: Racional, intuitivo e baseada em valores.

Assim, o tipo racional vai consistir em usar a lógica para escolher o que seguir, logo, vamos comparar e calcular para pesar decidir. Nesse caso, o líder possui mais confiança na sua escolha e os riscos associados a essa decisão são menores.

Enquanto isso, o tipo intuitivo é uma decisão tomada com base na intuição, gosto e experiências pessoais do gestor sem se basear em comparações e outras alternativas.

Por fim, temos a decisão baseada em valores, que utiliza da bússola moral do gestor de forma a influenciar, através da sua percepção do que é certo ou errado, o seu processo decisório.

O gestor que toma a decisão deve ter em mente, portanto, que é importante saber pesar seus valores, experiências pessoais e fatos dentro do processo decisório, de forma a não ignorar por completo nenhum tipo e buscar sempre por um entendimento amplo da situação antes de tomar sua decisão. 

6 etapas do processo de tomada de decisão

O processo de tomada de decisão possui 6 etapas principais: Identificação do Problema, Coleta de informações, Possíveis soluções, Diagnóstico, Ação e Controle da Decisão. 

Etapa 1: Identificação do Problema 

A tomada de decisão surge com o intuito de solucionar um problema, assim, é importante entender: 

  1. Qual problema estamos enfrentando; 
  2. Que tipo de problema;
  • É um problema que já foi enfrentado anteriormente ou é um problema excepcional? Podemos identificar um padrão de conduta que está associado a ele?  
  1. Quais processos estão permitindo que esse problema aconteça; 
  • As causas do problema são importantes e nos ajudam a entender melhor sobre possíveis caminhos para a solução. 

Assim, entendendo essas três perguntas centrais, conseguimos identificar os principais pontos de atenção que envolvem o problema pontuado. Além disso, é possível entender pontos de melhoria nos processos que levam ao problema, de forma a evitar uma solução superficial que só lide com o problema em si e não se atente a suas causas.

Etapa 2: Coleta de Informações

Nesta etapa, vamos reunir informações sobre a situação enfrentada. Essas informações podem ser quantitativas – como taxas de crescimento, número de conversão, dados de retenção de pessoas –, ou qualitativas – como pesquisa de satisfação e entrevistas.

Nesses casos, é importante entender como o problema está afetando sua empresa, se já havia afetado antes, buscar possíveis casos que esse problema se repetiu em outras empresas ou no mercado e possíveis maneiras de lidar com essa situação.

Muitas vezes, os problemas que enfrentamos diariamente possuem histórico e diversas informações sobre como mediar seus efeitos, utilize a pesquisa como sua aliada.

Dessa forma, comparar as informações que encontramos com a situação na nossa frente é uma importante parte dessa etapa, nos permite entender possíveis cenários alternativos da situação que nos encontramos e nos localizar frente possíveis padrões externos que envolvam a ocorrência do mesmo problema.

Por exemplo, se estamos lidando com um problema de baixa retenção de pessoas e pesquisamos um pouco sobre o comportamento do mercado, podemos notar se o que acontece internamente na minha empresa está acompanhando o mercado externo (identificamos um padrão ou não), essa comparação nos ajuda a entender o nível de complexidade do nosso problema. 

Etapa 3: Ponderar soluções 

Muito provavelmente, após a pesquisa de dados e a identificação do problema, surgirão alternativas para a solução do problema. Assim, é importante nesta etapa ponderar diferentes cenários, entendendo os prós e contras de cada alternativa. Há alguns métodos de avaliar essas opções: 

  1. Árvore de decisão
  • Esse método permite entender visualmente potenciais resultados, custos e consequência da decisão tomada, assim comparando esses resultados esperados entre decisões, podemos fazer uma escolha. 
  1. Matriz de decisão
  • Essa ferramenta permite comparar características semelhantes de casa decisão ao atribuir valores e pesos a cada característica em uma matriz. Por exemplo, em um cenário hipotético, estou em dúvida entre dois sistemas de gestão para minha empresa e para nós faz sentido comparar custo e satisfação entre os dois. Assim, primeiro atribuo pesos para cada característica de acordo com a importância que dou, se eu prezo por uma satisfação maior que o custo, dou peso 5 para satisfação e 3 para custo.  
  1. Análise SWOT
  • Nessa análise, podemos compreender forças, fraquezas, oportunidades e ameaças que cada decisão traz e compará-las.

Através desses e outros métodos o mais importante é que fique claro as principais consequências de cada decisão e o comparativo entre elas. Pontua-se que há a opção de uma decisão envolvendo múltiplas ações, isto é, a solução pode abranger mais de uma alternativa se for o caso, de forma a compilar mais benefícios e menos riscos. 

Etapa 4: Diagnóstico 

Com a decisão tomada, se torna necessário o entendimento dos principais objetivos que queremos alcançar através da ação tomada, visando a estruturação de um plano de ação para que a decisão possa ser concretizada. Para que o plano de ação fique claro e estratégico é necessário a definição do: 

  1. O problema; 
  2. Suas causas;
  3. Decisão escolhida; 
  4. Pontos estratégicos (que partes da estratégia do negócio serão atingidos através da decisão tomada?); 
  5. Objetivos da decisão

Dessa forma, mapearemos os principais pontos que possibilitam a concretização do projeto e definiremos a base para o plano de ação. Por exemplo, como gestor queremos mudar a plataforma de gestão da empresa, logo, teremos: 

  1. Problema = Desorganização dos processos e os colaboradores têm dificuldade em entender de forma compilada suas tarefas e prazos.  
  2. Causa = Não há um sistema comum implementado.
  3. Decisão = Contratamos a plataforma X. 
  4. Pontos estratégicos = Ter uma equipe eficiente e ágil.
  5. Objetivos = Melhorar o workflow da empresa e ter mais tarefas cumpridas dentro do prazo.  

Etapa 5: Ação

Entendendo os pontos de atenção que envolvem a decisão tomada e os objetivos esperados, partimos para a criação de um plano de ação.

Assim, nesta etapa, definiremos quais etapas/ tarefas serão necessárias para implementar a decisão tomada, prazos, responsáveis por cada etapa e a metodologia de aplicação.

Entender também quais metas estratégicas da decisão tomada podem ser alcançadas é crucial. Seguindo o exemplo citado anteriormente, teríamos como possíveis tarefas: 

TarefaResponsávelPrazoMetodologia
Implementação da plataformaGerente Xxx/xx/xxxxInstalar a plataforma em todos os computadores da empresa
Treinamento dos profissionais Gerente Y xx/xx/xxxxCriar um workshop onde todos os colaboradores receberão treinamento sobre como utilizar a plataforma corretamente
Organização das tarefasColaborador Xxx/xx/xxxxCada colaborador irá se unir ao seu líder e organizar suas tarefas na nova plataforma

Etapa 6: Medir a decisão

Aqui é importante compilar os indicadores que precisaremos controlar para entender os resultados da decisão, se foram resultados efetivos, isto é, alcançamos nossos objetivos, ou oportunidades de aprendizado.

Assim, controlar esses indicadores é entender seu andamento, comparar com a expectativa esperada, analisar se está impactando negativamente ou positivamente e criar relatórios de análises. E assim, poder entender se a estratégia escolhida foi a melhor opção e possíveis possibilidades de mudança.

Um exemplo de indicador é medir a quantidade de tarefas cumpridas dentro do prazo melhorou com a aplicação da nova ferramenta de gestão ou aplicar uma pesquisa de satisfação com os colaboradores para entender se a ferramenta melhorou de fato a comunicação interna. 

Como melhorar a tomada de decisão?

É muito importante basear a implementação do plano de ação no entendimento da pessoa responsável por aplicar essa decisão, quando e como aplicar. Entender esses aspectos dentro da tomada de decisão é importante como forma de estruturar um possível projeto que inclua esse processo decisório.

A utilização de ferramentas de gestão e organização podem ser usadas como aliadas na busca por resultados mais efetivos, criando um projeto para que a decisão possa ser implementada e acompanhada surge também uma oportunidade para criar processos dentro da empresa como forma de evitar que esses tipos de erro se repitam novamente.

Outro ponto importante é saber quando abandonar a decisão, por conta de mudanças no contexto ou falhas de resultados, é importante manter uma mente aberta para possíveis mudanças que possam surgir.

Por fim, entender quais são os comprometimentos corretos a serem feitos para a aplicação da decisão, o que podemos abrir mão ou não é essencial para a estruturação de um plano mais eficiente. Não adianta tomar uma decisão frente a um padrão de processos errados e não mudar a mentalidade que possibilitou esse padrão.

Veja como o planejamento tático impacta a tomada de decisão de uma empresa

Publicado por